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Festas juninas e copa do mundo

O homem é um animal gregário, ou seja, nasceu para viver em grupos, já dizia Aristóteles. Se é verdade mesmo, porque às vezes é tão difícil o entrosamento em certos grupos? Bem, tudo fica mais fácil se encontrarmos um denominador comum. Por exemplo: filhos na mesma faixa etária, vizinhos de andar etc.

Encontros formais e esporádicos como assembleias e reuniões, dificilmente criam clima amistoso entre os moradores. Mas neste mês de junho temos dois denominadores comuns para catalisar relações: Festas juninas e copa da Fifa!

Jogos da seleção brasileira unem os torcedores. Rivalidades à parte, todos torcerão para um mesmo time. Brasil, claro.  Eis aí um bom motivo para o síndico causar impacto social positivo. Convoque a garotada para ajudar na decoração das áreas comuns em tons de verde e amarelo. Pinte a bandeira nacional. Convoque todos para torcerem juntos.

Incentive a pipoca, o churrasco, a cerveja, mas bebam com moderação.

Aproveite a ocasião para melhorar o entrosamento entre os moradores. Não perca essa oportunidade para melhorar a qualidade da vida no condomínio.

Organize tudo com o cardápio típico das festas juninas. Se cada família levar alguma comida ou bebida, não sairá caro para ninguém. As chances de se aproximar de novos moradores, reatar amizades um tanto distantes e congregar as pessoas aumentam muito.

De quebra, será muito mais fácil resolver questões condominiais nas próximas reuniões e assembleias se todos se conhecerem melhor.

Aproveitem essas oportunidades. Torçam juntos. Divirtam-se.

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Previsão Orçamentária – Segunda Parte – Tipos de Despesas

Despesas Ordinárias, como o nome sugere, são aquelas rotineiras, destinadas à manutenção das atividades diárias e à manutenção geral do condomínio. Devem pagar as despesas ordinárias todos os moradores do condomínio, proprietários ou inquilinos. O conceito é, quem usa, paga. São exemplos de despesas ordinárias: salários dos empregados e seus encargos sociais, consumo das áreas comuns (água, luz, gás), manutenção e conservação de elevadores, jardins, portões automáticos, porteiros eletrônicos, bombas hidráulicas, limpeza, recarga de extintores de incêndio etc. Fazem parte da Previsão Orçamentária aprovada em assembleia. 

Despesa Extraordinária é toda despesa que não consta da Previsão Orçamentária, e não se destina a custear as atividades normais e rotineiras do condomínio. É a despesa para custear algum atendimento emergencial (consertos, desentupimentos, reparos de emergência, ou obras, reformas, benfeitorias em geral). As despesas extraordinárias emergenciais até podem ser lançadas para referendo posterior em assembleia, mas é aconselhável ao síndico discutir o assunto com o conselho. Já as despesas extraordinárias com melhorias, essas devem ser objeto de amplo debate em assembleia quanto à conveniência, importância ou necessidade e devem ser votadas após análise de projetos e orçamentos. 

Já o Fundo de Reserva é constituído por um percentual da arrecadação ordinária, normalmente entre 5% e 10% (consulte a Convenção do seu Condomínio). Deve ser mantido em aplicação financeira do tipo conservadora, ou seja, sem riscos, para proteção contra a inflação. É uma “poupança” do condomínio, para situações emergenciais. Mediante aprovação em assembleia, pode-se deixar de arrecadar o fundo de reserva quando síndico e conselho entenderem que seu valor acumulado atingiu um limite razoável. Uma vez utilizado esse fundo, total ou parcialmente, o montante deve ser reposto. 

Provisões. Em muitos condomínios, por ocasião do pagamento do 13º salário ou em caso de férias ou rescisões contratuais, é comum fazer um rateio extra para cobrir tais gastos. Isso pode ser feito de modo mais inteligente, arrecadando-se 1/12 (um doze avos) do total da folha de pagamento, todos os meses, mantendo esse dinheiro em poupança, para cobrir o pagamento do 13º salário, por exemplo. Alguns dirão que isso dá mais trabalho. E dá mesmo. Porém, é mais justo. Imagine aquele morador, proprietário ou inquilino, que se muda para o condomínio no final de outubro. Já em novembro recebe a cota extra para custear o 13º salário, enquanto aquele que lá morou por 10 meses, em nada contribuirá. Em condomínios bem administrados e organizados, fazem-se provisões para 13º salário, seguros, férias etc., rateando-se tudo em doze meses, de forma a tornar mais justa a cotização das despesas. 

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Previsão Orçamentária – Primeira Parte

Este é um dos mais importantes temas na gestão condominial, justamente porque envolve receitas e despesas, ou seja, mexe com o bolso de todos. 

Por isso, neste Blog do aplicativo SmartSíndico, procuraremos abordar o tema em mais de uma postagem, sem a pretensão de esgotar o assunto, mas sim procurando dar uma visão mais abrangente ao leitor. Vamos lá. 

O que é Previsão Orçamentária? 

Em poucas palavras, é uma relação das despesas que o condomínio terá num dado período de tempo (um ano), o que determinará o quanto deverá ser arrecadado mensalmente dos condôminos (rateio), traduzido em cotas condominiais. 

Como é uma previsão, existe sempre a possibilidade de erro ou omissão. Algumas contas podem vir mais altas do que o previsto (água, luz, por exemplo). Além disso, temos sempre os imprevistos, que como o próprio nome sugere, não podem ser, ou não foram previstos. Daí a importância de termos uma pequena margem de segurança. 

Por que a previsão orçamentária é tão importante? 

É importante porque o condomínio não pode viver com suas contas no negativo, devendo, pagando multas e juros, e também não deve arrecadar para acumular saldo na conta bancária. Assim, a previsão tem de ser o mais próximo possível da realidade, com uma pequena margem de segurança para que o caixa não fique negativo por conta de qualquer variação, como um pequeno aumento numa conta ou a inadimplência de um ou dois condôminos. 

As previsões são aprovadas normalmente para período de um ano, mas como prever não é um exercício de adivinhação, sempre é possível rever os números, para mais ou para menos, pois, como dissemos, não interessa nem o caixa negativo, nem a sobra excessiva de dinheiro. 

Há casos em que, na falta de dinheiro em conta, o síndico lança mão do Fundo de Reserva para cobrir as despesas do mês. É preciso muito cuidado com isso, porque o Fundo de Reserva destina-se a cobrir imprevistos ou emergências, e é arrecadado apenas entre proprietários, ou seja, inquilinos não contribuem para esse fundo. Portanto, se o síndico precisou lançar mão do Fundo de Reserva para cobrir déficit na conta ordinária, deve, imediatamente, promover sua recomposição, incluindo parcela extra no próximo boleto. Importante que essa decisão seja tomada em comum acordo com o Conselho e que tudo seja ratificado em assembleia. 

Principais problemas na elaboração da previsão orçamentária 

Quem viveu os anos de inflação descontrolada no Brasil sabe como era difícil fazer qualquer previsão. Mas existem outros fatores que dificultam a vida do síndico: 

  1. Inexistência de histórico. É mais difícil preparar uma previsão quando não se tem históricos de meses ou anos anteriores. Isso acontece no caso de condomínios novos, quando não se conhece com precisão o consumo de água e luz, por exemplo, e em condomínios mal administrados ou mal organizados. 
  1. O imprevisível. Como dissemos, previsão não é adivinhação. Mas é sempre possível fazer correções na previsão ao longo do ano por conta de aumento geral de preços (inflação), reajuste de salários acima do previsto, excesso de consumo etc. 
  1. Alta inadimplência. Rateio é uma espécie de “vaquinha” entre os condôminos. Obviamente, espera-se que todos contribuam e que paguem em dia. Quando há problemas com alguma unidade, quando há inadimplência frequente, a previsão ficará “furada”. O jeito será aumentar o rateio entre os adimplentes (infelizmente punindo os pontuais), até que a inadimplência seja zerada.  

Tão importante quanto elaborar a previsão mais exata possível, é seu acompanhamento, primeiramente pelo síndico e conselho, mas também por todos os condôminos, através das prestações de contas mensais. Felizmente hoje temos softwares específicos e também planilhas tipo Excel, que muito facilitam a elaboração e o acompanhamento da previsão. 

Na próxima postagem abordaremos os diversos tipos de despesas típicas de um condomínio. 

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Segurança em primeiro lugar

Segurança contra incêndio

A recente tragédia no centro de São Paulo – incêndio e desabamento de edifício, com vítimas fatais e centenas de desabrigados – leva à seguinte reflexão: será que meu condomínio é seguro? 

Essa é mais uma das preocupações do síndico: zelar pela segurança, prevenção contra incêndios, prevenção contra acidentes, seguros obrigatórios, etc. 

Claro que essas obrigações variam de acordo com as características do condomínio: comercial ou residencial, com ou sem elevadores, portas corta-fogo, etc. 

Que tal aproveitar o momento e reunir subsíndico e conselheiros e fazer uma vistoria no condomínio? Verifique extintores e mangueiras de incêndio (validade, localização), estado dos para raios, baterias de gás, instalações elétricas, desobstrução das rotas de fuga, sinalização e iluminação de emergência, manutenção de elevadores. Recomende aos moradores que verifiquem o interior de seus apartamentos, principalmente fogão a gás e instalações elétricas. Também é aconselhável conferir as apólices dos seguros obrigatórios.

Ao contrário dos bens materiais, a vida humana não tem preço. Mas ver destruído o imóvel adquirido com muito sacrifício por conta da irresponsabilidade humana dói muito. Melhor prevenir do que remediar. 

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Transparência na gestão condominial

Transpência na Gestão

Administrar um condomínio envolve uma série de atividades e decisões que nem sempre agradarão a todos. O bem comum e os interesses coletivos devem ter prioridade sobre as vontades e os interesses individuais, mas na hora de decidir algo que possa contrariar alguém, as pessoas podem levar tudo para o campo pessoal, gerando inimizades e até conflitos mais sérios. 

O segredo para minimizar esses problemas se chama transparência. Na administração condominial, transparência significa comunicar tudo, a todos, com absoluta clareza. Prestar contas do dinheiro arrecadado e das despesas que foram realizadas. Nas questões mais sensíveis e delicadas, ouvir a opinião dos subsíndicos e dos conselheiros e, quando necessário, levar esses assuntos para discussão e deliberação em reuniões e assembleias. 

Transparência, comunicação e participação (ouvir e ser ouvido), reduzem significativamente os conflitos nos condomínios e tiram do síndico a responsabilidade individual pelas decisões tomadas. 

Além disso, são práticas democráticas que devem ser incentivadas. Se queremos isso para o país, devemos começar pelo nosso condomínio.

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É possível destituir o síndico?

Destituir

Claro que, sim! Se um país pode, dentro da respectiva constituição, destituir um governante, por que não o síndico? Mas para que isso ocorra da forma correta, há necessidade de votação em assembleia convocada especialmente para essa finalidade. Um quarto (25%) dos condôminos quites podem convocar uma assembleia extraordinária para esse fim.

Os motivos que podem levar à destituição do síndico podem ser má gestão, falta de prestação de contas ou erro grave nos números além da prática de irregularidades e atos lesivos ao condomínio.

Deve ser dada ao síndico ampla oportunidade de defesa antes da assembleia deliberar (votar) sua destituição. A mesma assembleia que destitui um síndico deve eleger seu substituto.

O síndico pode também renunciar, seja por pressão dos moradores, seja por razões particulares, seja por não encontrar mais apoio ao seu trabalho. É desejável que tenha sido eleito um subsíndico, embora não obrigatório por lei. Esse subsíndico assume interinamente a função e deverá convocar assembleia para eleição de novo síndico.

De qualquer forma, exceto por renúncia devido a motivos pessoais, é sempre desagradável, tanto a destituição quando a renúncia do síndico. Daí a importância de se procurar eleger pessoas íntegras e de boa vontade e, muito mais do que isso, prometer e cumprir a promessa de colaborar com o síndico para o bom desempenho de suas funções.

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Como conduzir assembleias em condomínios?

Assembleia

A regra bem é simples: comece pelo começo, vá até o final e pare. Parece brincadeira, mas não é. 

Em muitas reuniões e assembleias, o presidente (normalmente não é o síndico), talvez por falta de experiência, não segue a pauta e ainda permite que as pessoas falem qualquer coisa a qualquer tempo, mesmo que não estejam na pauta. O resultado são reuniões chatas, longas e pouco produtivas. Pior: nem sempre abordam os assuntos realmente importantes.

As assembleias são muito importantes para discussão e definição das ações que nortearão a vida no condomínio. Eis o principal motivo para serem muito bem planejadas.

Por isso, aqui vão algumas dicas simples para conduzir assembleias. 

1) Escolha data e horário convenientes para a maioria. Evite véspera de feriado, dia de final de campeonato ou novela, etc.
2) Planeje a pauta e convoque com a antecedência necessária.
3) Discuta os assuntos previamente com o corpo diretivo para que seus membros não sejam surpreendidos na hora do evento.
4) Divulgue bastante o evento e incentive a participação.
5) Prepare-se para apresentar dados e responder perguntas.
6) Preveja o item “Assuntos Gerais”, ao final da pauta, para colher ideias e opiniões.
7) Abra a reunião cumprimentando e agradecendo a presença de todos. Procure ser pontual e estabelecer o horário de encerramento.
8) Se o escolhido para presidir os trabalhos não estiver familiarizado com o processo, procure orientá-lo para que tudo corra bem.
9) Após conferir o quórum, leia na ordem, cada item da pauta; explique-o; abra a discussão e coloque em votação. Registre votos a favor, contra e abstenções.
10) Encerre agradecendo a presença e suas contribuições. 

Assembleias e reuniões são necessárias, mas não precisam ser chatas. Bom humor, respeito e cordialidade, por parte de todos, facilitam muito o trabalho.
Boa reunião. 

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Virei síndico. E agora?

E agora?

Se numa assembleia, alguém perguntar aos participantes: “Quem quer ser síndico levante a mão”, quantas pessoas você acha que levantariam a mão? É bem provável que a resposta seja NINGUÉM. Por quê? 

Bem, ser síndico ou síndica não é o sonho de consumo de nenhum morador.  

É também provável que alguns moradores sugiram o nome de alguém, e todos comecem a apoiar. Se o morador aceitar, todos aplaudem e ficam aliviados porque encontraram um síndico.  

Pois bem, morador em condomínio pela primeira vez, compareci a uma assembleia, para ver o que rolava. Fazia alguns meses que eu havia me mudado e tinha observado algumas coisas com as quais não concordava muito. Resolvi fazer algumas sugestões, na expectativa de encontrar adeptos. O resultado foi que me elegeram síndico. Tentei recusar, alegando inexperiência, mas todos foram muito convincentes e prometeram me apoiar.

Pesquisei um pouco sobre o assunto. Apesar de pouca literatura realmente confiável, descobri que cabe ao síndico cumprir e fazer cumprir a lei, o regulamento e as determinações aprovadas nas assembleias. Mas entendi que cabe a todos dar apoio, sugerir ações de melhoria e fiscalizar seus atos e as contas. Essa participação é fundamental. Condomínio, pelo que li, significa domínio comum, ou seja, pertence a todos. Se houver disposição de todos para colaborar, não faltarão bons candidatos ao cargo. 

Bem, já vivi o suficiente para saber que, na prática, a teoria é bem outra. Mas o importante foi descobrir que existem ferramentas de gestão que auxiliam o síndico a realizar suas atividades, notadamente nos condomínios de Habitações de Interesse Social, conhecidos pela sigla HIS, cujo valor das cotas é relativamente baixo, o que faz com que qualquer aumento na despesa tem peso significativo. Foi quando conheci o SmartSíndico, aplicativo para smartphones desenvolvido especialmente para condomínios como os da CDHU, Cohab e Minha Casa Minha Vida.

Se você é síndico de um condomínio HIS, deveria experimentar.

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Barulho no condomínio incomoda?

som alto

Incomoda, sim, qualquer que seja a o tipo, a origem ou o horário: conversa alta, gritaria, música em volume excessivo, do áudio do carro ou dentro do apartamento etc. 

Algumas pessoas imaginam que, dentro de sua unidade, podem tudo. Podem sim, quase tudo. Não podem, por exemplo, perturbar o sossego dos vizinhos com ruídos altos, independente do horário. 

Esse tema, o barulho, já foi tema de inúmeros boletins de ocorrência e, infelizmente, muitas discussões e brigas sérias entre condôminos, algumas com triste final.

Existem leis para regular horário de silêncio e nível de ruído máximo permitido. Além das leis, os condomínios também são dotados de Regulamento Interno, importante documento que todos os moradores devem possuir.

Mas, a “lei” que melhor funciona nesses casos, é a lei do bom senso. Não devemos fazer para os outros aquilo que nos incomoda. Todos temos direito ao sossego, principalmente nos horários de descanso, que pode ser qualquer hora do dia e da noite, claro. 

O bom senso deve servir também para tolerar ruídos um pouco mais altos ou em horários teoricamente inadequados, como por exemplo: família e amigos cantando parabéns, ainda que 23 ou 24 horas, desde que por breve momento; pessoas brindando o Natal ou a passagem de ano; alguns breves gritos de comemoração pelo gol de seu time, um sonzinho um pouco mais alto numa tarde de carnaval. Tudo é uma questão de bom senso e de boa convivência entre vizinhos. 

O segredo é cada um procurar não fazer para os outros aquilo que não gostaria que fizessem consigo. Sentiu-se prejudicado? Procure conversar, numa boa. Na maioria das vezes, funciona. 

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Janeiro: síndico, programe-se.

O gostinho das festas de final de ano ainda está na boca, mas janeiro se inicia e este é o momento do síndico programar as atividades, manutenções e investimentos para o condomínio

É preciso planejar algumas rotinas de manutenção e outros compromissos como por exemplo: limpeza de caixas d’água, recarga de extintores de incêndio, revisão das mangueiras, renovação do seguro obrigatório, etc.

Lembre-se ainda que, normalmente, é no primeiro trimestre de cada ano que são realizadas as assembleias de aprovação do orçamento anual e essa é mais uma razão para elaborar uma boa previsão de despesas. Assim, a arrecadação pode ser programada para diversas parcelas, diluindo um pouco seu peso ao longo do tempo.